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Pets e Curiosidades

Profissional comenta a popularidade e como facilitar a convivência de múltiplos gatos

A verticalização das moradias e a crescente urbanização influenciou bastante a procura pela adoção de gatos nos últimos tempos
Por Equipe Cães&Gatos
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Por Equipe Cães&Gatos

Até pouco tempo atrás, quando se pensava em um animal de estimação, a figura do cão vinha à mente das pessoas como primeira opção de escolha. Mas esse cenário mudou nos últimos anos e os gatos vêm sendo adotados com mais frequência que antigamente.

Estudos que apontam que dois ou três gatos são um número ideal para garantir uma convivência saudável (Foto: reprodução)

Para entender as razões desse aumento, o médico-veterinário e docente da Universidade Cruzeiro do Sul, Adalberto Von Ancken, explica os fatores históricos e comportamentais que influenciam essa tendência, além de dar orientações sobre como garantir a boa convivência entre múltiplos felinos no mesmo ambiente.  

Segundo Von Ancken, os gatos possuem características que tornam a convivência com eles atraente para os tutores. “São animais extremamente limpos, confiáveis e seletivos. Eles escolhem as pessoas com quem se relacionam e retribuem o afeto de forma muito única. Isso os torna companheiros especiais”, afirma o médico veterinário. Além disso, a independência desses felinos é um fator importante: eles não precisam de passeios diários e se adaptam bem à rotina dos tutores, o que facilita sua criação em espaços reduzidos.  

São tendência!

A verticalização das moradias e a crescente urbanização influenciou bastante a procura pela adoção de gatos nos últimos tempos. Estima-se que, nos próximos 10 a 15 anos, a população de felinos domésticos como animais de estimação pode igualar ou até superar a de cães. Esse fenômeno é explicado, em parte, pela facilidade de manejo e pela independência natural dos gatos, o que favorece a adoção.  

Mas, essa tendência acaba gerando outra situação: muitas pessoas que adotam um gato acabam adotando outros e, sobre isso, o docente alerta para a necessidade de equilíbrio no número de felinos no mesmo ambiente. “O gato é um animal territorialista e precisa de espaços individuais para comer, dormir e brincar. Quando há muitos gatos em um único espaço, a divisão desses territórios pode gerar estresse”, explica.  

Quando um novo pet chega em casa, é recomendado um período de quarentena de 10 a 15 dias antes da aproximação direta (Foto: reprodução)

Ele ainda indica alguns estudos que apontam que dois ou três gatos são um número ideal para garantir uma convivência saudável. A introdução de um novo felino no ambiente exige cuidados específicos. Von Ancken recomenda uma adaptação gradual, trazendo objetos com o cheiro do novo gato antes de inseri-lo no espaço compartilhado.

Quando um novo pet chega em casa, é recomendado um período de quarentena de 10 a 15 dias antes da aproximação direta, para prevenir a transmissão de doenças e para que se acostumem com o cheiro um do outro – apesar de os tutores acreditarem estar ajudando seu gato a se sentir menos sozinho, introduzir um novo felino pode gerar reações adversas.  

“Já vi situações em que um gato ficou imóvel e sem comer por mais de 24 horas após a chegada de um novo companheiro. Cada felino tem sua individualidade e pode reagir de maneira imprevisível a mudanças no ambiente”, pontua.

Fonte: Universidade Cruzeiro do Sul, adaptado pela equipe Cães e Gatos. 

FAQ

Por que os gatos estão sendo cada vez mais adotados?
Segundo o médico-veterinário Adalberto Von Ancken, os gatos são limpos, independentes e adaptáveis, ideais para ambientes urbanos e rotinas agitadas. Além disso, não exigem passeios diários e interagem de maneira única com os tutores.

Qual é o número ideal de gatos em um mesmo ambiente?
Estudos indicam que dois a três gatos é o ideal para uma convivência saudável. Como são animais territorialistas, precisam de espaços individuais para comer, dormir e brincar. Muitos gatos em um espaço pequeno podem gerar estresse e conflitos.

Como deve ser feita a introdução de um novo gato?
Von Ancken recomenda uma adaptação gradual, com troca de cheiros antes do contato direto e quarentena de 10 a 15 dias para evitar doenças e reduzir o impacto da chegada. Cada gato reage de forma diferente à mudança no ambiente.

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