Um grupo de 50 agentes ambientais e gestores técnicos participaram de um treinamento para o manejo de animais silvestres atropelados. A atividade ocorreu no dia 20 de julho, no Centro de Primatologia do Rio de Janeiro (CPRJ), localizado na sede Guapimirim do Parque Estadual dos Três Picos (PETP). O curso foi promovido pela Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro (Ceperj), por meio da Coordenadoria de Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais (Cooprua).
De acordo com os organizadores, cerca de 150 mil animais silvestres são vítimas de atropelamentos anualmente em estradas e rodovias fluminenses, vários desses perto de unidades de conservação ambiental. Os profissionais aprenderam como fazer o manejo dos bichos, estando estes vivos ou não.
A capacitação faz parte do projeto ‘RJ é o bicho’ e teve início em Guapimirim, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. “O treinamento de agentes ambientais, como guarda-parques, secretários de meio ambiente e polícia florestal é um dos cinco eixos do projeto ‘RJ é o bicho’, que visa fortalecer e conservar a biodiversidade. Precisamos ter uma equipe capacitada para que todos contribuam na preservação da nossa biodiversidade”, detalhou o presidente da Fundação Ceperj, Gabriel Lopes.
“A capacitação feita pela Fundação Ceperj é pensada, justamente, para fazer com que o profissional guarda-parque compreenda todas as técnicas de manejo do animal, seja ele vivo ou morto, reforçando o monitoramento de rodovias que cortam ou margeiam as unidades de conservação e ainda a prevenção contra zoonoses, que são doenças transmissíveis entre os animais e o homem, o que representa uma importante ameaça à saúde e ao bem-estar da população, além do auxílio no monitoramento de rodovias que cortam ou margeiam as unidades de conservação”, completou o coordenador do Cooprua, Yuri Maia.
“Vivenciar práticas de capacitação para aprimoramento das ações de prevenção de animais silvestres é imprescindível para que haja uma multiplicação do entendimento de cuidado e também traçar estratégias no âmbito estadual para colaborar cada vez mais com a proteção da fauna silvestre”, disse o diretor-adjunto de Biodiversidade, Áreas Protegidas e Ecossistemas do Instituto Estadual do Ambiente, Douglas Moraes.
“Manter os profissionais guarda-parques sempre atualizados com boas práticas de proteção e cuidados faz com que eles se tornem agentes educadores e com atuação implicante na coleta de dados sobre os registros de atropelamentos”, frisou a coordenadora técnica de Projetos e Parceria da Fundação Ceperj, Cecília Bueno.
“É muito importante capacitações como esta para executar um trabalho melhor e expandir o entendimento sobre a preservação como um todo e melhorar o empenho e os resultados no dia a dia”, comentou o biólogo e guarda-parque na unidade de conservação Parque Natural Municipal Montanhas de Teresópolis, Diego Domingues.
Tanto a Fundação Ceperj quanto o CPRJ, o Inea e o PETP são administrados pelo governo do Estado do Rio de Janeiro.
Fonte: O Dia, adaptado pela equipe Cães&Gatos VET FOOD.
LEIA TAMBÉM:
Veterinários explicam os tipos de técnicas anestésicas para animais de companhia
Pesquisadores visam novas ferramentas de diagnóstico para câncer de mama em cães
Setor pet brasileiro cria 2,83 milhões de empregos e ultrapassa 285 mil empresas