Uma startup norte-americana pretende trazer de volta à vida espécies de animais já extintas, como mamutes e dodôs. O objetivo da Colossal Bioscences, baseada em Dallas, no Estado do Texas, é promover a “de-extinção” a partir de material genético encontrado em fósseis das espécies.
Segundo especialistas ouvidos pela Bloomberg, o negócio já tem valor de mercado que passa a casa do US$ 1,5 bilhão – o que faz startup estar no grupo de unicórnios.
No caso dos dodôs, a paleogeneticista-chefe da empresa, Beth Shapiro, tentou por anos obter amostras de DNA de ossos preservados do animal em diferentes regiões do mundo, e teve sucesso recentemente, com um espécime preservado em um museu dinamarquês. Agora, a Colossal afirma que tem a única amostra de alta qualidade de DNA de dodôs e estuda em laboratório como trabalhar com elas.
(Foto: reprodução)
Não há, ainda, um roteiro estabelecido de como trazer as espécies de volta. Mas os investidores que apostam na empresa parecem não ter pressa, e estão mais interessados no processo de inovação em si, que pode trazer descobertas pelo caminho, segundo relataram à Bloomberg. “Quando você está fazendo grandes coisas como esta, quem sabe o que você vai descobrir ao longo do caminho”, sugere o investidor na Colossal com o United States Innovative Technology, Thomas Tull.
Visão que parece em linha com a do cofundador da startup, Bem Lamm. “A parte boa sobre essas espécies extintas é que elas são problemas sistêmicos. É como o pouso na Lua”, disse, sugerindo que avanços desses tipos demandam inovação em múltiplas áreas, trazendo uma série de oportunidades científicas.
Mas ele não tira os olhos do objetivo final e vê o trabalho da Colossal como uma oportunidade real de endereçar a crise de biodiversidade que o planeta vive. Além do dodô, que foi extinto ainda no século 17, os outros animais estudados pela empresa são o mamute-lanoso – lembra do Manny, um dos personagens principais de A Era do Gelo? Ele mesmo –, cujo desaparecimento data de alguns milhares de anos antes de Cristo. Outro animal no mira da startup é lobo da Tasmânia, cuja extinção foi mais recente, no início do século 20.
Os esforços parecem estar gerando otimismo. A Colossal Biosciences anunciou, nesta semana, que recebeu US$ 150 milhões em investimentos, totalizando US$ 225 milhões desde 2021.
Fonte: Época Negócios, adaptado pela equipe Cães&Gatos VET FOOD.
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