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Pets e Curiosidades

Veterinária dá dicas para adaptar o pet ao uso do colar elizabetano

O também chamado “cone da vergonha” é fundamental durante o tratamento de algumas doenças e, realmente, pode ser desconfortável para os animais. Porém, existem algumas formas de tornar o seu uso mais tranquilo
Por Danielle Assis
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Por Danielle Assis

Muitos animais de estimação já precisaram utilizar o temido colar elizabetano. Essa estrutura plástica em formato similar ao de um cone é importante durante o tratamento de algumas doenças, principalmente as que acometem a região de face e cabeça. Porém, ela está longe de ser confortável. 

A médica-veterinária comportamentalista do Grupo Afrovet, Beliza Mouana Santos, explica que esse produto é recomendado durante cuidados pós-cirúrgicos, nos quais o animal não pode lamber a região, e também é utilizado em tratamentos dermatológicos, oftálmicos e otológicos, evitando que o pet coce a região de cabeça e face. 

Produto é recomendado durante cuidados pós-cirúrgicos, nos quais o animal não pode lamber a região (Foto: reprodução)

“O colar elizabetano mais utilizado é o que possui formato de cone, remetendo ao colar do período histórico Elizabetano. Contudo, com o tempo foram surgindo novas opções, como os colares transparentes, acolchoados e em formato de donut, por exemplo”.

Há ainda diferenças entre os modelos desenvolvidos para cães e gatos. De acordo com a profissional, como os felinos são mais sensíveis a adição de objetos, as opções para eles são mais leves e adaptáveis, para que sejam aceitas com mais facilidade. 

Como adaptar os cães ao uso do colar elizabetano? 

Logo que se coloca o colar elizabetano em um animal é possível ver algumas mudanças de comportamento. “As alterações mais comuns são agitação ou “congelamento” momentâneo. Por isso, é importante ter um período de adaptação para que essas respostas sejam minimizadas”, comenta Santos. 

Inclusive, a adaptação de cães e gatos ao uso desse objeto é diferente. No caso dos cachorros, no início a doutora recomenda apresentar o colar antes de colocá-lo no animal e associá-lo a oferta de biscoitos, criando um reforço positivo.   

Para os gatos é interessante dar preferência as opções mais leves, que não limitem tanto sua visão periférica (Foto: reprodução)

Após essa primeira etapa pode-se colocar e tirar o colar por um tempo, sempre ofertando biscoitos quando o animal ficar tranquilo durante o uso. “Na última fase da adaptação indico inserir o colar e permitir que o cão caminhe com calma e supervisão, oferecendo algo de maior interesse. Sempre deve-se deixar claro para o animal que o produto não representa nenhuma ameaça e que ainda será possível comer, beber água e caminhar mesmo durante o uso”, explica. 

Contudo, a médica-veterinária alerta que caso o animal fique por mais de 30 minutos imóvel, sem tentar caminhar ou muito agitado, vocalizando e tentando tirar o colar, deve-se retornar para a etapa inicial de apresentação e habituação. 

Além disso, segundo ela, para cães mais medrosos, os modelos macios podem ser uma boa escolha, pois não trazem o desconforto gerado pelo barulho do plástico das versões tradicionais. 

E a adaptação dos gatos? 

De acordo com a comportamentalista, os felinos possuem um tempo próprio de adaptação, então nem sempre irão permitir ou tolerar a colocação do colar elizabetano de primeira. 

“Para os gatos é interessante dar preferência as opções mais leves, que não limitem tanto sua visão periférica. Outra dica é a de treiná-los a usar o colar desde filhotes, pois assim quando a utilização for realmente necessária ficará mais fácil a adaptação”, comenta. 

Para cães mais medrosos, os modelos macios podem ser uma boa escolha (Foto: reprodução)

Durante a fase da adaptação, conforme explica Santos, deve-se ter calma e avaliar a tolerância do animal ao colocar e tirar o colar. “Já enquanto estiver utilizando o objeto, pode-se deixá-lo livre para caminhar e ficar em locais seguros”. 

Cuidados com os pets durante o uso do colar elizabetano

Dependendo do motivo que levou os cães e gatos a utilizarem o colar elizabetano, esse uso poderá se estender por alguns dias. Portanto, é preciso se atentar a alguns pontos. 

Uma das maiores dificuldades dos pets quando estão com esse objeto é na hora de tomar água e se alimentar. “Se o animal não estiver conseguindo comer e beber água, pode-se remover o colar por um tempo e depois colocá-lo de volta para que o pet mantenha seus hábitos. Existem alguns colares que permitem maior acesso, porém não são recomendados para todos os casos”, esclarece a profissional.

As “folgas” sem o colar devem ser supervisionadas e feitas em local seguro (Foto: reprodução)

Há também algumas situações em que é permitido dar uma “folga” ao animal durante o período em que deve ser mantido com o colar, mas isso depende da orientação do médico-veterinário que estiver o acompanhando. 

Beliza afirma que todas as “folgas” devem ser supervisionadas e feitas em local seguro, que não traga riscos para os pets. No entanto, é preciso atenção, pois em alguns casos nos momentos em que o animal está sem o produto ele pode acessar a região que precisa estar isolada, como uma sutura ou uma lesão em cicatrização. 

Além disso, é importante se atentar a reação dos outros pets da casa com relação ao cão ou gato que está utilizando o colar. “Alguns animais coabitantes podem se assustar. Devido a isso, é recomendado também acompanhar a reação deles para evitar acidentes”, finaliza a doutora. 

FAQ

Como escolher corretamente o tamanho do colar elizabetano?
A melhor forma de acertar no tamanho do colar elizabetano é levando o animal até a loja para conferir qual opção mais se adapta a dimensão do seu pescoço. Porém, se não for possível fazer isso, pode-se tirar a medida do pescoço do animal ou se basear no tamanho da coleira de identificação usada pelo pet.

Existem colares elizabetanos mais confortáveis?
Por mais que os modelos tradicionais ainda sejam os mais utilizados, atualmente, existem opções de colar elizabetano acolchoadas e com menor extensão do cone, que acabam proporcionando um maior conforto ao animal.

Como evitar que o pet tire o colar elizabetano sem autorização?
A melhor forma de evitar que o pet tire o colar elizabetano é adquirindo um modelo com o tamanho certo e que não fique largo no pescoço do animal. Já para uma segurança extra, pode-se incluir no colar uma coleira, que permita deixá-lo 100% adaptado ao pescoço do cão ou gato.

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