O inverno está aí e muitos cuidados são necessários para garantir o conforto dos animais domésticos. Proteção contra o frio, hidratação para o clima seco e exercícios físicos estão entre as atenções necessárias. E lembre-se: os mimos dos tutores são bons, mas fique de olho nos exageros!
“No Sudeste do Brasil, especificamente, há uma previsão de neutralidade dos fenômenos El Niño e La Niña, diferentemente do verão 2023/24, que foi muito impactado pelo El Niño, com recordes de temperatura. Portanto, a tendência é que tenhamos um inverno mais tradicional: frio, com tempo seco e estiagem”, afirma a meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Andrea Ramos.
Ainda que não tenhamos frios rigorosos, a veterinária e professora do Centro Universitário IBMR, Isabella Morales, cita três dicas fundamentais para que tutores se mantenham em alerta na hora de cuidar dos pets durante a estação. O IBMR integra o Ecossistema Ânima de ensino no Rio de Janeiro.
Roupinha, pode?
“Sabemos que cães e gatos ficam lindos de roupa, mas isso não é o natural para eles, principalmente, em raças de pelo curto, que não estão habituadas a ambientes com temperaturas mais baixas”, explica a professora do curso de Medicina Veterinária do IBMR. Além disso, acrescenta, gatos podem não se adaptar às roupas e até se machucar na tentativa de retirá-las. As roupas adequadas devem ser utilizadas apenas sob orientação veterinária. E ao escolher o look invernal, opte por aquele que não fique muito justo, atrapalhando o animal de se movimentar, de defecar, de urinar e que não solte adereços ou fios.
Onde dormir?
“O ideal é proporcionar um ambiente coberto, com uma cama específica para pets ou casinha para que eles se protejam das baixas temperaturas”, exemplifica Isabella.
O que tem para comer?
É comum que tutores aumentem a oferta de alimentos no período. Acredita-se que por ter maior gasto calórico na manutenção da temperatura corporal, os animais também necessitam de mais energia por meio da alimentação. “Mas, não é recomendado aumentar a quantidade de alimento sem conversar com o médico veterinário responsável, pois, corre-se o risco de levar o animal ao sobrepeso e a obesidade”, avisa a professora do IBMR. Contudo, o ideal é que seja ofertada uma dieta de qualidade, com as chamadas rações premium ou super premium.
Tenho que esquentar água para os pet beber?
Água deve estar sempre à disposição dos animais e em temperatura ambiente – especialmente em países tropicais. E isso não se discute. “Mas, também, é interessante oferecer alimentos úmidos, como os sachês. Eles são ricos em água e ajudam a evitar quadros de desidratação e também são uma boa fonte de energia”, observa, lembrando que isso deve ser feito de acordo com a quantidade de comida que o pet já ingere. E por quê? “Para não causar sobrepeso”, frisa a veterinária.
Como ter um pet fit?
Os pets, assim como os humanos, tendem a reduzir o tempo de atividade nos dias mais frios. Contudo, a professora alerta: “Os passeios devem permanecer em horários com temperaturas mais amenas. Além disso, é importante aumentar a interação dentro de casa ou do apartamento: jogar a bolinha para que o animal pegue e correr dentro do imóvel mesmo são boas opções de exercícios. Separe de 10 a 15 minutos, pela manhã e à noite, para brincar com seu amigo”, orienta Isabella Morales.
Fonte: IBMR, adaptado pela Equipe Cães e Gatos.
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