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Clínica e Nutrição

Animais que frequentam áreas endêmicas podem ser acometidos pela febre maculosa

Por Equipe Cães&Gatos
área endêmica
Por Equipe Cães&Gatos

Um animal que apresente sinais como febre, falta de energia, perda de apetite, manchas vermelhas pelo corpo e sangramento pode indicar que esteja com febre maculosa. Segundo a bióloga e médica-veterinária, mestra em Ciências e doutoranda no Programa de Pós Graduação em Epidemiologia Experimental Aplicada às Zoonoses da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ), da Universidade de São Paulo (USP), Maria Carolina de Azevedo Serpa, os sinais apresentados são semelhantes a outras hemoparasitoses e alguns cães podem apresentar, ainda, sintomas como tosse e dificuldade para respirar, perda de peso e, na fase final da doença, pode haver necrose das extremidades e sinais nervosos, dentre eles, paresia, convulsão e síndrome vestibular.  

A Febre Maculosa, explica a médica-veterinária, é uma doença infecciosa causada por uma bactéria chamada Rickettsia rickettsii, transmitida ao ser humano e aos animais por meio da picada de carrapatos que estejam infectados por essa bactéria. “Duas espécies de carrapatos nativos são os principais vetores: Amblyomma sculptum (carrapato-estrela) e Amblyomma aureolatum (carrapato-amarelo-do-cão). Essa doença em humanos se caracteriza por causar sintomas como febre alta, dores de cabeça e pelo corpo, além de um quadro chamado de exantema, que consiste em manchas vermelhas que aparecem, primeiramente, nas extremidades (mãos e pés) e, depois, se espalham pelo resto do corpo e podem evoluir para necrose em casos mais graves”, detalha.

Sobre o meio de contágio, Maria Carolina Serpa conta que o principal é o contato dos animais e do homem com o carrapato transmissor que esteja infectado. “É importante citar, aqui, que, no ciclo da febre maculosa, temos dois carrapatos envolvidos na transmissão: o primeiro é o Amblyomma sculptum chamado, popularmente, de ‘carrapato-estrela’.  Ele parasita cavalos e capivaras e está envolvido nos casos humanos que acontecem no interior do Estado de São Paulo e nos outros Estados brasileiros”, discorre.

Segundo a profissional, o contato desse carrapato com o homem se dá nas áreas de mata e, também, pastagem, ou seja, o homem adentra essas áreas seja para realizar atividades de lazer ou de trabalho e acaba “pegando” o carrapato. “A segunda espécie é o Amblyomma aureolatum (carrapato-amarelo-do-cão), responsável por transmitir a febre maculosa nas áreas verdes da Região Metropolitana de São Paulo. Nesses locais, esse carrapato parasita os cães domésticos que têm livre acesso à mata que circunda áreas urbanas e periurbanas. Assim, um carrapato infectado pode, além de se fixar e transmitir a doença para os cães, também ser levado por esses cães para as residências e acabar por transmitir a doença para os humanos”, elucida.

Leia a reportagem completa, gratuitamente, na edição de agosto de nossa revista on-line. Acesse aqui.

Fonte: Redação Cães&Gatos VET FOOD.

(Foto: C&G VF)

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