De acordo com o censo realizado em 2013, pela Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), juntamente com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sobre a população de animais de estimação no Brasil, observou-se que a quantidade de aves (37,9 milhões) superava a de gatos (22,1 milhões), tornando o Brasil o segundo País do mundo a ter a maior quantidade de aves canoras e ornamentais.
Com base nisso, é de extrema importância que médicos-veterinários voltados para a área de pets não convencionais tenham um conhecimento técnico sobre as principais doenças e distúrbios que podem acometer aves silvestres, principalmente porque os erros de manejo relativo a esses animais são comuns, devido à falta de conhecimento acerca das características do animal como comportamento, idade, saúde e alimentação.
De acordo com o zootecnista e advogado Dalton Araujo Antunes, a alimentação é um dos principais focos de atenção no cuidado com esses animais, segundo ele, embora existam rações específicas para pets não convencionais, – principalmente as aves – a variedade é pequena e, ainda assim, é comum que os tutores cometam erros como permitir que papagaios comam pão e tomem café, ou oferecerem apenas sementes de girassol durante toda a vida do animal, levando a graves distúrbios nutricionais e metabólicos (MARQUES, 2021).
Dentre tais distúrbios está a doença óssea metabólica, geralmente provocada por hipovitaminose D3 combinada à hipocalcemia e hiperfosfatemia. Nas aves, os precursores da vitamina D são obtidos dieteticamente, mas é no organismo que são convertidos em sua forma ativa pela ação da luz ultravioleta, que atinge as regiões de pele não cobertas por penas.
Essa vitamina é de extrema importância, porque estimula a absorção de cálcio, em conjunto com o paratormônio (PTH) e também induz a reabsorção deste elemento nos túbulos renais e fomenta sua mobilização no osso medular, sendo essencial para ovipostura e desenvolvimento osteoarticular. De acordo com a literatura, aves que possuem dietas apenas à base de sementes não apresentam uma fonte adequada de precursores de vitamina D e cálcio, além disso, o fitato presente no alimento pode reduzir os níveis de cálcio e fósforo disponíveis, levando a quadros de carência nutricional.
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Fonte: Redação Cães&Gatos VET FOOD.
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