Dentre as primeiras experiências pelas quais uma criança passa, a morte de um animal de estimação pode ser uma delas. E o fato de considerar os pets como membros da família aumenta ainda mais o vínculo emocional.
“Para algumas pessoas a perda de um animal de estimação pode ser comparável ao luto pela perda de um ente querido humano em termos de intensidade emocional. No caso das crianças, pode ser uma experiência bastante significativa”, diz a mestre em Ciências da Educação pela Université de Sherbrooke (Canadá), psicopedagoga, professora de Psicologia e supervisora da clínica-escola do UniCuritiba, Daniela Jungles.
Entre as dicas para lidar com a perda de um pet com as crianças, a profissional recomenda ser honesto e compassivo: “Use palavras apropriadas à idade e explique de forma gentil o que aconteceu. Mostre empatia e compaixão, validando os sentimentos da criança”.
Fazer um enterro simbólico – no jardim, por exemplo –, pode dar à criança a chance de se despedir. “Além disso, dependendo da idade da criança, explique o ciclo natural da vida e da morte. Responda às perguntas da criança com sinceridade, sem recorrer a respostas evasivas”.
Após perder um animal de estimação, também é recomendado manter a rotina da criança o mais consistente possível. De acordo com a profissional, isso oferece segurança e previsibilidade durante um período emocionalmente desafiador.
“Incentive a criança a compartilhar histórias e memórias positivas sobre o animal de estimação. Isso ajuda a preservar o legado do animal e a celebrar a alegria que ele trouxe para a vida da criança”, afirma Jungles.
Por fim, respeite o tempo de luto, já que este é um processo individual e pode variar em duração para cada pessoa. “Respeite o tempo da criança para lidar com a perda e esteja disponível para apoiá-la”, finaliza a especialista.
Fonte: Unicuritiba, adaptado pela equipe Cães e Gatos VET FOOD.
LEIA TAMBÉM:
Turismo com animais selvagens: o que é positivo e negativo para as espécies?