No mês em que se celebra o Dia Mundial do Médico Veterinário (27 de abril), ganha destaque o papel fundamental desses profissionais na promoção da saúde animal e humana. Um dos pilares dessa atuação é a pesquisa clínica veterinária, área que, apesar de ainda pouco conhecida pelo público geral, é essencial para garantir a segurança de medicamentos e vacinas, além de atuar na prevenção de doenças zoonóticas, como a raiva e a gripe aviária.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca de 75% das doenças infecciosas emergentes em humanos têm origem animal. Para a Dra. Greyce Lousana, presidente da Sociedade Brasileira de Profissionais de Pesquisa Clínica (SBPPC), é urgente ampliar a colaboração entre diferentes áreas da saúde. “Se não tivermos uma interação entre médicos veterinários e demais profissionais de saúde, o futuro da humanidade será cada vez mais caótico”, alerta. Ela também reforça que a vigilância de ambientes naturais é tão importante quanto o desenvolvimento de vacinas.

O crescimento do número de pets no país também impulsiona a importância da pesquisa clínica. Estimativas apontam que o Brasil terá cerca de 101 milhões de cães e gatos até 2030. Com isso, cresce a responsabilidade de oferecer produtos seguros e acessíveis a todos os tutores. “Os pets não podem receber medicamentos ou alimentos sem controle. A base científica é essencial para o fornecimento de opções de qualidade”, destaca a Dra. Greyce. O desafio, segundo ela, é equilibrar inovação, segurança e acesso.
Com um mercado que movimentou R$ 75,4 bilhões em 2024, segundo o Instituto Pet Brasil, o setor pet exige soluções cada vez mais eficientes. Para isso, a colaboração entre indústria, academia e órgãos reguladores é imprescindível. A Dra. Mitika Kuribayashi Hagiwara, do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), reforça: “É crucial seguir os mais altos padrões éticos nos estudos científicos, garantindo o bem-estar animal, a integridade dos resultados e a confiança do público”. A ciência veterinária, portanto, é peça-chave para um futuro mais saudável para todos — humanos e animais.
Fonte: SBPPC, adaptado pela equipe Cães e Gatos.
FAQ – Pesquisa Clínica Veterinária e o Papel do Médico-Veterinário
1. Por que a pesquisa clínica veterinária é importante para a saúde pública?
A pesquisa clínica veterinária garante a segurança de vacinas e medicamentos usados em animais, além de ser essencial na prevenção de doenças zoonóticas — aquelas que podem ser transmitidas dos animais para os humanos. Cerca de 75% das doenças infecciosas emergentes em humanos têm origem animal, segundo a OMS, o que reforça a importância da vigilância e da atuação integrada entre profissionais da saúde humana e veterinária.
2. Qual o impacto do aumento de pets no Brasil sobre a pesquisa clínica?
Com a estimativa de 101 milhões de cães e gatos até 2030 no Brasil, cresce a necessidade de produtos de qualidade, seguros e acessíveis. A pesquisa clínica é fundamental para desenvolver soluções adequadas à saúde animal e garantir que tutores de todas as classes sociais possam cuidar bem de seus pets, como destaca a Dra. Greyce Lousana: “Os pets não podem receber medicamentos ou alimentos sem controle.”
3. Como garantir ética e segurança nas pesquisas com animais?
A ética é um princípio central na pesquisa clínica veterinária. Segundo a Dra. Mitika Kuribayashi Hagiwara, do CFMV, é essencial seguir altos padrões éticos para assegurar o bem-estar animal, a integridade dos resultados e a confiança do público. A colaboração entre indústria, academia e órgãos reguladores é fundamental para alcançar esses objetivos com responsabilidade.
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