A síndrome de Horner (SH) é definida como sendo um fenômeno frequente que surge de disfunção da via oculosimpática e foi descrita pela primeira vez por François Pourfour du Petit em 1727, quando percebeu alterações oculares ipsilateral em cães com nervos intercostais rompidos”. Quem nos explica é o médico-veterinário, coordenador e professor do curso de Especialização em Oftalmologia Veterinária e Microcirurgia Ocular, especialista em Oftalmologia Veterinária e presidente do Colégio Brasileiro de Oftalmologistas Veterinários (CBOV), Fábio Luiz da Cunha Brito.
Segundo ele, a síndrome de Horner é bem conhecida na Medicina de Pequenos Animais e tem o potencial de afetar qualquer raça de gato ou cão, embora haja uma falta de consenso sobre a população com maior probabilidade de ser afetada.
Por que ela acontece? Brito explica que é um problema causado pela interrupção ou perda da inervação simpática para o globo ocular. “Não existe uma causa única para a SH e ela pode ocorrer em consequência de injúrias em qualquer parte ao longo da inervação simpática para o olho. Diversas causas de SH em cães já foram relatadas, incluindo: trauma em região cervical, osteotomia de ramo vertical da mandíbula para retirada de um osteocondroma, metástase de carcinoma de células escamosas para linfonodos retrofaríngeos, linfoma, carcinoma de tireoide, colocação de tubo de drenagem torácica, tumores torácicos e cervicais, neosporose, trauma em filhotes durante partos distócicos, cirurgia em região cervical, avulsão do plexo braquial, trauma em região periorbital e até uma otite”, lista.
O médico-veterinário pode observar alguns sinais que o animal apresenta e que são indicativos da síndrome: “Em cães esses sinais clínicos são caracterizados pela combinação de sinais que incluem miose, ptose palpebral, enoftalmia e protrusão da terceira pálpebra e, em alguns casos, ainda pode ser observado um aumento da temperatura da face e da região do pavilhão auricular externo. A inervação simpática para o globo ocular é responsável pela manutenção do tônus da musculatura lisa da periórbita, pálpebras e do músculo dilatador da íris. Esse tônus modula o ângulo de abertura da fissura palpebral e a posição anterior normal do globo dentro da órbita e, por isso, os sinais oculares são observados”.
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Fonte: Redação Cães&Gatos VET FOOD.
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