A lista de diagnósticos diferenciais para queda massiva de pelos é grande. Tendo isso em vista, como não errar? De acordo com o médico-veterinário, com residência em Clínica Médica de Pequenos Animais, residência em Dermatologia de Cães e Gatos e atual primeiro secretário da Sociedade Brasileira de Dermatologia Veterinária (SBDV), Maurício Piovesan Henrique, a grande chave para o sucesso na investigação e terapia dos quadros de alopecia felina está, na realidade, em criar uma relação de parceria entre cliente e médico-veterinário, de forma que fique claro ao tutor que o diagnóstico exato envolve etapas a serem cumpridas, diagnósticos diferenciais a serem excluídos gradativamente e muita paciência.
“Tratando-se de um quadro de alopecia felina, o diagnóstico sempre é mais desafiador. Muitas vezes, o tutor não consegue ser preciso nas informações da anamnese, e o exame dermatológico revela, como dito, uma lista grande de diagnósticos diferenciais que apresentam sinais muito similares e pouco específicos. Sendo assim, a taxa de erro ou inexatidão no diagnóstico pode ser mais alta. Por isso, criando uma relação de confiança e transparência, o médico-veterinário se sentirá mais seguro para conduzir o caso, passando pelas etapas diagnósticas necessárias e, por fim, estabelecendo o melhor tratamento para seu paciente. A comunicação é essencial”, ressalta.
Henrique afirma que, nos casos de dermatofitose, demodicidose e dermatite alérgica à picada de pulgas (DAPP), o prognóstico é bom. Para os casos de hipersensibilidade alimentar e síndrome atópica, o prognóstico para o controle efetivo dos sintomas é reservado a bom.
“Já nos casos de hiperadrenocorticismo, pela escassez de dados técnicos, dada a raridade do quadro, o prognóstico é reservado a mau. E nos casos de alopecia psicogênica, caso for identificado o fator estressante, o prognóstico é bom; caso não, para o efetivo controle com as medidas farmacológicas e não farmacológicas temos um prognóstico reservado a bom”, compartilha.
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Fonte: Redação Cães&Gatos VET FOOD.
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