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Pets e Curiosidades

Gatos podem ter autismo?

Dentre os comportamentos ancestrais conservados pelo gato doméstico, encontra-se a dificuldade em socializar com outros animais
Por Equipe Cães&Gatos
gato no colo
Por Equipe Cães&Gatos

Os problemas de comportamento em gatos é uma das principais causas de abandono, resultando em muitos animais doados para abrigos ou eutanasiados. Alterações comportamentais podem comprometer o bem-estar do gato e na sua relação com o tutor.

Comportamentos classificados como problemáticos pelos tutores podem ser apenas um comportamento natural do gato, como marcação de territórios com urina, arranhar objetos e não querer socializar com pessoas e outros pets. E é nesse momento, da falta de socialização de alguns gatos, que foi chamada a atenção das pessoas para uma possibilidade de os gatos terem autismo, assim como as pessoas.

O gato é um animal solitário, sendo normal querer um isolamento. Além disso, é um animal extremamente territorial (Foto: Reprodução)

Mas será que os gatos podem ter autismo? 

Embora algumas atitudes dos gatos sejam similares ao autismo em humanos, não podemos afirmar que esse quadro esteja presente nos gatos. Mesmo porque, para que seja concluído um diagnóstico de transtorno do espectro autista em pessoas, são necessários exames e análises neurológicas, o que nem sempre é possível nos gatos, pois muitos dos comportamentos associados ao autismo fazem parte da personalidade do bichano.

Atualmente, não existe nenhuma comprovação científica de que os gatos possam ter transtorno do espectro autista, e o comportamentos como a falta de interação social devem ser investigados, pois geralmente decorrem de falhas ao considerar as necessidades dos gatos, condições ambientais ou mudanças no ambiente, expectativas irreais do tutor ou da interação inadequada entre tutor e gato.

Por que meu gato não socializa?

A interação entre os gatos e as pessoas é bem antiga. Os gatos se aproximavam de locais de armazenamento de grãos utilizados para alimentação humana na intenção de caçar roedores. Para os homens, os gatos faziam um serviço útil, livrando sua comida dos tão temíveis roedores. E do outro lado, o gato se beneficiava ao ter comida abundante (ou ratos abundantes). Era uma relação de mutualismo.

No entanto, a domesticação do gato não resultou, logo de pronto, em modificações em seu comportamento natural e nem em seleção genética. Isso leva a uma discussão se os gatos teriam se “autodomesticado”, sem contribuição do homem nas suas mudanças. Tempos depois, o ser humano conseguiu domesticar os gatos de forma gradual e cada vez mais significativa, mas os bichanos ainda mantêm muito do comportamento de seus ancestrais selvagens.

Comportamentos classificados como problemáticos pelos tutores podem ser apenas um comportamento natural do gato (Foto: Reprodução)

Dentre os comportamentos ancestrais conservados pelo gato doméstico, encontra-se a dificuldade em socializar com outros animais. O gato é um animal solitário, sendo normal querer um isolamento. Além disso, é um animal extremamente territorial.

Por este motivo, muitos problemas de comportamento resultam de uma falha ao considerar as necessidades do gato, as condições ambientais ou mudanças no ambiente, além das expectativas irreais dos tutores em ter um gato com comportamento semelhante ao de um cachorro.

Então, da próxima vez que você achar que seu gato é antissocial, lembre-se de que ele mantém partes do comportamento de seus ancestrais, que viviam isolados, sem a necessidade de socializar com outros animais. A socialização entre gatos e mesmo com outros animais exige tempo, paciência e conhecimento do comportamento natural do felino. Abaixo você encontra um vídeo com dicas de como acostumar um gato com outro.

Fonte: Perito Animal, adaptado pela Equipe Cães e Gatos.

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