Cerca de 63,2% dos tutores detectam problemas de mobilidade nos seus animais de companhia tardiamente ou apenas quando são evidentes. É a principal conclusão do estudo realizado pela Indiba, empresa especializada em tecnologia médica nos setores da estética, reabilitação e saúde animal.
De acordo com os pesquisadores, isto sugere a existência de uma falta de informação sobre lesões do âmbito da mobilidade e a necessidade de exames preventivos de saúde para detectar este tipo de problemas de saúde antecipadamente nos pets.
A análise, que destaca a frequência e a intensidade da dor nos animais de companhia e propõe estratégias para melhorar o seu tratamento, mostrou que a maioria dos pacientes com dor é atendida com frequência nas clínicas veterinárias e o grau de comprometimento da mobilidade, na maioria dos casos, não é grave. No entanto, o estudo mostra, também, que apenas 7% dos casos são considerados graves.
Quanto ao tratamento da dor, é geralmente feito por meio de medicamentos, principalmente através de anti-inflamatórios não esteroides (AINE), indicado em pacientes pós-cirúrgicos. De acordo com a análise, cerca de 72% dizem estar preocupados com os efeitos colaterais, enquanto 56,4% não recomendam outros métodos como complemento.
Além dos AINEs, os anticorpos monoclonais e os condroprotetores tornaram-se opções de tratamento bastante comuns para este tipo de problemas. No entanto, de acordo com os investigadores, são produtos que podem não ser adequados para todos os pacientes, tornando-se contraindicados ou fora de alcance devido ao seu elevado custo econômico
Dentre outras opções de tratamento, verificou-se que as recomendações como determinados exercícios, dieta e modificações ambientais são ações utilizadas por boa parte dos tutores entrevistados.
Neste sentido, aliviar a dor e melhorar a qualidade de vida dos animais é o objetivo de todos os entrevistados. Mas os principais desafios no tratamento da dor incluem a variabilidade na resposta ao tratamento e a dificuldade em avaliar a extensão da dor. Deste modo, a abordagem multimodal é considerada essencial pela maioria dos participantes.
Por último, mais da metade dos entrevistados diz estar interessada em ampliar o conhecimento e o uso de novas tecnologias no tratamento da dor nos seus animais de companhia.
“Os resultados desta pesquisa ressalvam a necessidade de uma maior consciencialização e educação sobre a gestão da dor em animais de companhia, bem como a importância de uma abordagem multimodal para o tratamento”, afirmou Marina Rodríguez, líder de produto e marca Animal Health da Indiba.
Fonte: Veterinária Atual, adaptado pela Equipe Cães e Gatos.
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