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Nova onda de calor pode prejudicar a saúde dos pets

Não são só os humanos que sofrem com as altas temperaturas. Os animais também podem apresentar quadros de estresse térmico
Por Cláudia Guimarães
onda de calor
Por Cláudia Guimarães
Respiração ofegante, salivação excessiva, fraqueza, vômitos, diarreia, tremores e desmaios são sinais de estresse térmico (Foto: reprodução)

Neste ano, inúmeras foram as vezes em que pudemos notar as mudanças climáticas drásticas no Brasil. Em muitas localidades, o inverno contou com mais dias de calor do que de frio; tempestades ocorreram, recentemente, em vários cantos do País e, agora, devemos nos preparar para mais uma onda de calor, cuidando da nossa saúde e da dos animais de companhia.

Isso porque o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alerta, no dia 08 de novembro, para uma onda de calor no decorrer dos próximos dias. De acordo com o Instituto, a principal atuação do fenômeno se dará pelo interior do Brasil, em nível amarelo (perigo potencial), principalmente no Centro-Oeste e Sudeste do País.

O médico-veterinário e coordenador do curso de Medicina Veterinária da Faculdade Anhanguera, Tiago Ladeiro de Almeida, afirma que as altas temperaturas podem impactar a saúde dos pets de diversas maneiras, como a desidratação, insolação, queimaduras na pele e patas, principalmente por andar sem proteção em asfalto quente. ”Além disso, animais com problemas respiratórios, como os braquicefálicos (com focinho achatado), podem ter ainda mais dificuldade em respirar em dias quentes”, destaca.

De acordo com o profissional, os animais podem demonstrar diversos sinais de mal-estar causado pelo calor extremo, como respiração ofegante, salivação excessiva, fraqueza, vômitos, diarreia, tremores e desmaios. “Em dias de temperatura alta, eles podem enfrentar quadros mais graves, como desidratação, insolação, choque térmico, queimaduras na pele, desmaios e podem, até mesmo, falecer”, alerta.

Gatos devem ser estimulados por seus tutores a beberem mais água, principalmente na onda de calor (Foto: reprodução)

Hidrate, principalmente, os gatos!

Almeida explica que os felinos podem sofrer mais com o calor devido ao fato de se interessarem menos em beber água. “Por isso, é importante que os tutores incentivem a hidratação dos gatos e ofereçam água fresca e limpa com frequência, evitando passeios e atividades mais agitadas com estes animais em horário de pico de calor”, recomenda.

Mas a hidratação, assim como para com os gatos, também é indispensável a outras espécies. “Manter o pet hidratado é fundamental para garantir a boa perfusão de nutrientes e oxigênio ao organismo do animal, evitando problemas de saúde relacionados com a perda de líquidos em calor excessivo. A hidratação adequada ajuda a regular a temperatura corporal do animal e a manter o bom funcionamento dos órgãos”, elucida.

Estratégias refrescantes

Tutor deve levar uma garrafinha de água para os passeios com os animais, especialmente nos dias mais quentes (Foto: reprodução)

O veterinário comenta que a água gelada pode ser oferecida aos animais, mas é importante evitar que ela esteja muito gelada, pois isso pode causar choque térmico. “O ideal é oferecer água fresca e em temperatura ambiente”, orienta.

Além disso, outras estratégias ajudam os pets durante os dias quentes. Segundo Almeida, elas incluem evitar passeios em horários de pico de calor, oferecer sombra e locais frescos para o animal descansar, evitar deixar o animal dentro de carros estacionados, levar uma garrafinha de água para os passeios com os animais e estar sempre atento a qualquer sinal diferente de comportamento, que possa indicar estresse por calor.

“Ainda é importante citar que cães e gatos não transpiram como humanos e cavalos, eles não têm glândulas sudoríparas na pele. Ao invés disso, realizam trocas de temperatura com glândulas presentes nos coxins (almofadinhas das patas) que liberam suor entre os dedos, além de realizar, principalmente os cães, a manutenção de sua temperatura abrindo a boca e ventilando melhor o organismo. Por isso, é essencial ficar atento nesta época a qualquer sinal estranho dos animais que possam indicar estresse térmico. Gatos, por exemplo, raramente ficam ‘arfando’, de boca aberta, e pode ser um sinal importante desse tipo de problema ou alguma outra alteração de saúde”, encerra.

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