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Profilaxia pré-exposição protege contra exposição permanente ao vírus da raiva 

Por Equipe Cães&Gatos
Profilaxia pré-exposição raiva
Por Equipe Cães&Gatos

O Conselho Regional de Medicina Veterinária de São Paulo (CRMV-SP) alerta para a atenção à profilaxia pré-exposição à raiva, já que médicos-veterinários, zootecnistas e estudantes das duas áreas fazem parte do grupo de pessoas com risco de exposição permanente ao vírus devido às características de suas atividades ocupacionais. 

Se realizada adequadamente, a etapa oferece 100% de proteção, indica o diretor Técnico do conselho, Leonardo Burlini: “A vacinação é recomendada para indivíduos com maior risco de exposição, lembrando que, após a realização do esquema vacinal, as pessoas devem realizar o controle sorológico com a dosagem de anticorpos para saber se estão protegidas ou se necessitam de reforço vacinal”, alerta.

A presidente da Comissão Técnica de Saúde Pública Veterinária do CRMV-SP, Adriana Maria Lopes Vieira, explica que a raiva é de extrema importância para saúde pública devido à sua letalidade de aproximadamente 100% e por ser uma doença transmitida por cães e gatos. Entre as medidas de prevenção, estão a vacinação humana e animal, a disponibilização de soro antirrábico humano, a realização de bloqueios de foco, dentre outras.

A vacinação é recomendada para indivíduos com maior risco de exposição (Foto: Reprodução)

Vieira ainda alerta que, por se tratar de uma doença viral grave e mortal, que acomete mamíferos e humanos,  os profissionais e estudantes expostos com frequência a situações de risco não devem, em nenhuma hipótese, deixar de realizar a profilaxia pré-exposição. 

Na pré-exposição, são administradas duas doses de vacina, sendo necessário o controle sorológico periódico, de acordo com o risco a que está submetido o profissional, a partir do 14º dia após a última dose. 

“Os que trabalham em situação de alto risco devem realizar a titulação a cada seis meses. Caso o resultado da sorologia não atinja o título satisfatório, uma nova dose de vacina deve ser aplicada e a avaliação sorológica repetida”, orienta a presidente da Comissão.

Ela informa ainda que, no caso de indivíduos expostos ao vírus da doença em decorrência de mordedura, lambedura de mucosa ou arranhadura provocada por animais transmissores, é indicada a profilaxia pós-exposição. Para isso, a recomendação é que as pessoas lavem o local com água e sabão e procurem um posto de saúde imediatamente após o evento.

Dependendo da situação do animal agressor (se é conhecido e se sabe que foi vacinado, desapareceu após o acidente, ou é suspeito de raiva no momento da agressão), pode haver apenas observação do animal, início de esquema profilático com administração de duas doses de vacina, de cinco doses de vacina, ou com soro e cinco doses de vacina.

Fonte: CRMV-SP, adaptado pela equipe Cães&Gatos.

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